O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quinta-feira, às 14h, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete ex-aliados, todos acusados de envolvimento em uma trama para tentar um golpe de Estado. O objetivo, segundo a acusação, era manter Bolsonaro no poder após sua derrota nas eleições.
Atualmente, o placar aponta 2 votos a 1 pela condenação de Bolsonaro. Os ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, e Flávio Dino já se manifestaram pela condenação. Luiz Fux, por outro lado, votou pela absolvição do ex-presidente.
A expectativa gira em torno do voto da ministra Cármen Lúcia, que pode ser decisivo para formar maioria pela condenação. A avaliação é de que ela deve seguir o entendimento dos ministros Moraes e Dino, com base em declarações anteriores da magistrada que indicam uma visão crítica sobre a tentativa de golpe.
Já existe maioria formada para a condenação de dois réus: o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e colaborador da Justiça, e o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022.
Além de Bolsonaro, Fux votou pela absolvição de outros cinco réus, divergindo de Moraes e Dino. O placar está em 2 a 1 pela condenação de: Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI) e Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa).
Todos os réus respondem por crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado. Alexandre Ramagem responde a três dos cinco crimes imputados, devido a uma suspensão parcial das acusações.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br