A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, em colaboração com a CET-Rio, promoveu uma ação impactante nesta sexta-feira, em frente aos Arcos da Lapa, no centro da cidade. O objetivo foi marcar o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito, uma data instituída pela ONU em 1995.
A iniciativa busca oferecer apoio às vítimas de acidentes, conscientizar sobre a segurança viária, homenagear os falecidos, seus familiares e os profissionais de emergência. Este ano, a campanha tem como tema “Talentos Perdidos”, destacando que acidentes de trânsito são a principal causa de morte entre jovens e crianças globalmente.
Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) revelam que, até outubro deste ano, 640 pessoas perderam a vida em acidentes nas vias e rodovias da capital fluminense. A Zona Norte concentra o maior número de óbitos, com 234 casos, seguida pela Zona Oeste, com 182. O número de mortes já é o sexto maior da série histórica, iniciada em 2008. Em 2024, foram 723 mortes.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, alertou que 68% das mortes no trânsito envolvem motociclistas. Em 2025, 47 mil pessoas foram atendidas em unidades de saúde por causa de acidentes. Soranz apontou excesso de velocidade, desrespeito ao semáforo e uso do telefone como as principais causas. Ele enfatizou a necessidade de conscientização e destacou o impacto na rede municipal de saúde, com 6 mil profissionais dedicados ao cuidado com as vítimas e salas de politrauma sobrecarregadas.
De acordo com Soranz, 40% das cirurgias ortopédicas no Rio são em vítimas de acidentes de moto, com custos de internação estimados em R$ 130 milhões anuais. O diretor técnico da CET-Rio, André Drummond Soares de Moura, informou sobre acordos com empresas de aplicativo para monitorar e punir condutores com direção perigosa, além de oferecer capacitação.
Um estudo recente do Atlas da Violência 2025 revelou que a taxa de mortes por acidentes de trânsito no Brasil voltou a crescer, atingindo 16,2 óbitos por 100 mil habitantes em 2023, um aumento de 2,5% em relação ao ano anterior. Em relação a acidentes com motocicletas, a taxa foi de 6,3 mortes por 100 mil habitantes em 2023, um aumento de 12,5% em relação a 2022.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br