Parcerias comerciais estratégicas e políticas governamentais eficazes têm atenuado os efeitos do aumento de tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil. A diversificação de mercados consumidores, impulsionada por iniciativas do governo federal, permitiu ao país redirecionar parte significativa de sua produção, antes destinada ao mercado americano.
Segundo o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, a estratégia de prospecção de novos mercados, adotada desde o início do governo, foi crucial. O ministro destacou a abertura de 437 novos mercados nos últimos dois anos e nove meses, um recorde que oferece alternativas para os exportadores brasileiros. Os esforços para reverter a situação com os EUA continuam.
O impacto do tarifaço americano foi menor do que o esperado, resultado do trabalho preventivo de abertura de mercados e do restabelecimento de relações multilaterais, afirmou Fávaro. Ele mencionou acordos bilaterais assinados recentemente, bem como negociações em andamento, como o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, visando a criação do maior bloco econômico do mundo. A intensificação das relações com os países do Brics, o Oriente Médio e o Sudeste Asiático também são apontadas como estratégias para diversificar os mercados.
O governo prioriza o diálogo constante com empresários e a sociedade civil para identificar e implementar políticas públicas eficientes. Empresas que dependem fortemente do mercado americano recebem atenção especial, garantindo a sua sobrevivência e a manutenção de empregos.
Entre as medidas implementadas para minimizar os impactos do tarifaço, destaca-se uma linha de financiamento de R$ 30 bilhões, com juros acessíveis, destinada às empresas mais afetadas. O Reintegra especial, que promove o ressarcimento de tributos pagos na exportação, e a ativação de compras públicas de produtos que antes eram exportados também foram mencionados.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br