Mulheres Líderes Debatem Desafios e Equidade de Gênero no Mercado de Trabalho Brasileiro

Crédito: agenciabrasil.ebc.com.br

Em Brasília, nesta terça-feira, líderes femininas de diversas empresas brasileiras se reuniram para discutir a crucial importância de combater a discriminação e a desigualdade de gênero e raça nos ambientes corporativos. Os relatos convergiram para o potencial da equidade em impulsionar resultados econômicos, financeiros e socioambientais positivos.

Alessandra Souza, vice-presidente de Marketing e Comunicação de Marca de uma multinacional do setor automotivo, lidera uma equipe diversificada. Ela compartilhou suas experiências, relembrando as dificuldades iniciais de sua carreira, marcadas por uma sutil pressão para adotar uma postura de gestão considerada “masculina”. “A minha carreira aconteceu quando eu deixei de tentar ser uma coisa que não sou”, afirmou, ressaltando a importância de se libertar de padrões que não agregavam valor.

Ana Paula Repezza, diretora de negócios da Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, relatou ter alcançado o auge de sua carreira após a licença maternidade, uma experiência que a capacitou a delegar tarefas, priorizar ações e confiar em sua equipe, além de desenvolver empatia por outras mulheres. “A gente se torna líderes melhores quando a gente enfrenta o desafio de conciliar família e trabalho”, declarou.

Ambas as executivas atuam em empresas participantes do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, uma iniciativa governamental que visa promover novas práticas de gestão de pessoas e combater a discriminação no ambiente de trabalho. O programa, promovido pelo Ministério das Mulheres, concede o Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça às empresas que demonstram compromisso com a igualdade entre homens e mulheres.

O encontro fez parte de um seminário que visava apoiar o desenvolvimento de ações nas empresas e discutir novas estratégias para criar ambientes corporativos mais justos, em resposta a dados como os do 4º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, que apontou uma diferença salarial média de 21,2% entre homens e mulheres.

Atualmente, 88 empresas de todo o país participam do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. A Caixa Econômica Federal é uma das empresas participantes desde a primeira edição. Glenda Nóbrega, gerente executiva de diversidade e inclusão da instituição, enfatizou a importância do apoio, da preparação para oportunidades e de um ambiente corporativo favorável ao crescimento de mulheres, pessoas negras e pessoas com deficiência.

Tereza Cristina de Oliveira, diretora de administração da Embrapa Tabuleiros Costeiros, defendeu o papel fundamental das mulheres em cargos de liderança para gerar oportunidades e transformar a sociedade.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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