A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou as conquistas alcançadas durante a COP30, realizada em Belém. Em discurso na plenária de encerramento, a ministra reconheceu que, embora tenha havido progresso, ainda há desafios significativos a serem superados.

“Progredimos, ainda que modestamente”, afirmou Silva, momentos antes de ser aplaudida de pé por cerca de dois minutos. A ministra convidou os presentes a refletirem sobre a trajetória desde a Rio 92, conferência que lançou o primeiro tratado para cooperação global no enfrentamento do aquecimento global e da crise climática.

A presidência brasileira da COP30 conseguiu fechar um acordo climático que aumenta o financiamento para nações em desenvolvimento que enfrentam o aquecimento global. Contudo, o acordo omitiu qualquer menção aos combustíveis fósseis.

“Em que pese ainda não ter sido possível o consenso para que esse fundamental chamado entrasse entre as decisões dessa COP, tenho certeza de que o apoio que recebeu de muitas partes da sociedade fortalece o compromisso da atual presidência”, disse a ministra.

Marina Silva ressaltou o reconhecimento do papel dos povos indígenas, comunidades tradicionais e afrodescendentes, afirmando que a transição justa ganhou corpo e voz com a presença desses segmentos. Ela também destacou o lançamento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), um mecanismo inovador que valoriza aqueles que conservam e mantêm as florestas tropicais.

Outro avanço apontado foi o texto do Mutirão Global, que, segundo a ministra, abriu uma porta importante para o avanço da adaptação, com o compromisso dos países desenvolvidos de triplicar o financiamento até 2035. Segundo a ministra, 122 países apresentaram suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) com compromissos de reduzir as emissões até 2035. As NDCs são planos de ação climática detalhando os compromissos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e se adaptar às mudanças climáticas.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br