Fraudes Digitais: Brasil Lança Plano Nacional Contra Golpes Bancários

Crédito: agenciabrasil.ebc.com.br

O Brasil ocupa a segunda posição mundial em crimes digitais, atrás apenas da China, conforme dados da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). Preocupado com o crescente número de golpes como o falso sequestro via WhatsApp, clonagem de cartões, pirâmides financeiras, e boletos falsos, o governo federal lançou um plano de ação para combater as fraudes bancárias digitais.

A iniciativa, resultado de uma aliança firmada em fevereiro entre o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e a Febraban, visa coordenar esforços entre o Estado e a sociedade civil para prevenir, detectar, reprimir e recuperar ativos desviados por criminosos.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, destacou que os crimes migraram do mundo físico para o virtual, tornando-se mais sofisticados e complexos. Ele ressaltou a importância de uma resposta coordenada e inteligente do Estado, em parceria com a sociedade civil e o setor financeiro.

O presidente da Febraban, Isaac Sidney, enfatizou a cooperação entre os setores público e privado como diferencial no combate ao crime organizado digital, que busca explorar as vulnerabilidades na cadeia da indústria financeira.

O Plano de Ação Conjunto para o Combate a Fraudes Bancárias Digitais consolida 23 iniciativas prioritárias, abrangendo desde a prevenção e educação do consumidor até a repressão e recuperação de ativos. O plano inclui a produção de vídeos educativos e um glossário com 41 tipos de fraudes e golpes digitais.

O plano se baseia em seis pilares: aprimoramento da prevenção, intensificação do combate, compartilhamento de dados, capacitação de agentes, tratamento de vítimas e conscientização da população.

Como parte das ações, foi lançado o “Sofri um Golpe. E agora?”, hospedado na plataforma Gov.br, com informações práticas e orientações para vítimas de golpes digitais. O oferece dez trilhas com informações sobre os crimes mais recorrentes, como roubo de celular, invasão de redes sociais e clonagem de contas Gov.br. Além disso, serão disponibilizados dados sobre a ocorrência anual de fraudes bancárias digitais, com informações sobre o perfil das vítimas.

A elaboração do plano envolveu a participação de 357 especialistas de 23 entidades, incluindo representantes dos setores de telecomunicações, varejo e tecnologia, totalizando mais de 230 horas de trabalho.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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