O Governo Geral, abrangendo a União, estados e municípios, registrou uma necessidade de financiamento de R$ 741,3 bilhões em 2024. Este valor, que representa o montante que o setor público precisou se endividar, indica uma queda de 12,2% em comparação com o ano anterior. O cálculo considera os gastos com o pagamento de juros da dívida pública.

A necessidade de financiamento se distribui da seguinte forma entre as esferas governamentais: R$ 670,3 bilhões referentes ao Governo Central, R$ 55,5 bilhões aos governos estaduais e R$ 15,5 bilhões aos municípios. O Governo Central, além do Governo Federal, engloba o Legislativo, Judiciário, empresas estatais dependentes, Previdência Social e órgãos da administração direta e indireta.

A redução na necessidade de financiamento de 12,2% reflete um crescimento nominal de 12,7% na arrecadação, superando o aumento de 8,5% nas despesas. A arrecadação de impostos apresentou um crescimento de 16,3%, enquanto as contribuições sociais aumentaram 8,2%.

No que se refere às despesas, os benefícios previdenciários e assistenciais, item de maior peso, tiveram um aumento de 6%, com destaque para os benefícios assistenciais de idade e invalidez, que registraram uma expansão de 18,2%.

Em 2024, o Governo Geral destinou R$ 971 bilhões ao pagamento de juros, o que corresponde a 52% do total gasto com benefícios previdenciários e assistenciais, que somaram R$ 1,9 trilhão. A maior parte das receitas e despesas concentra-se no Governo Central.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br