O senador Fabiano Contarato (PT), recém-eleito presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, defende a superação do estigma de que o campo progressista apenas protege os direitos humanos de criminosos. Segundo o senador, é crucial mudar essa percepção.
Contarato, que atuou por 27 anos como delegado da Polícia Civil, enfatiza a necessidade de abordar a segurança pública de forma responsável e pragmática, oferecendo respostas efetivas à sociedade. Ele critica a romantização do tema e argumenta que a segurança pública deve ser prioridade para todos os partidos políticos, independentemente de suas posições ideológicas.
O senador defende o endurecimento de penas para adolescentes que cometem crimes graves e se posiciona contra a saída temporária de presos condenados por crimes contra a vida. Ele também não descarta a possibilidade de equiparar as facções criminosas ao terrorismo.
Contarato assegura que trabalhará para que a CPI não seja palco de disputas eleitorais, buscando um trabalho técnico e objetivo, com foco na segurança pública como um direito fundamental. Ele ressalta a importância de se colocar no lugar das vítimas da violência, como mães que perderam seus filhos.
Ao mencionar o Projeto de Lei (PL) que relatou, o senador destaca o aumento do período de internação para adolescentes infratores que praticam atos de violência, equiparados a crimes hediondos ou tráfico de drogas. Ele argumenta que o Brasil é um dos países mais permissivos do G20 em relação a essa questão.
Sobre a equiparação das facções criminosas ao terrorismo, Contarato afirma que não vê risco de intervenção estrangeira no país, uma vez que a democracia brasileira é sólida e as instituições são fortes. Ele ressalta que o Parlamento já aprovou alterações na Lei de Terrorismo, com o objetivo de combater o terror social generalizado.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br