A Caixa Econômica Federal, em colaboração com a Universidade de São Paulo (USP), lançou uma plataforma destinada a mensurar a emissão de carbono em projetos habitacionais financiados pela instituição. A iniciativa visa otimizar projetos estruturais e diminuir o consumo de materiais, com o objetivo de reduzir as emissões de CO₂ e os custos de produção.
O anúncio ocorreu durante o evento “Habitação de baixo carbono: experiências globais e soluções locais”, realizado na capital paulista. A ferramenta, denominada Benchmark Iterativo para Projetos de Baixo Carbono (BIPC), concentrará seus esforços iniciais nos projetos estruturais de empreendimentos imobiliários, com ênfase nos projetos vinculados ao programa Minha Casa, Minha Vida.
A Caixa ressalta que o programa habitacional do governo federal, conhecido por sua padronização, oferece uma oportunidade significativa para diminuir as emissões de CO2, elevar a qualidade das moradias e fomentar a inovação tecnológica na indústria da construção.
A plataforma permite a análise do impacto dos empreendimentos com base na tipologia construtiva, número de pavimentos, elementos construtivos (como vigas e pilares) e materiais empregados, além de possibilitar a comparação entre diferentes projetos, tendo como referência as melhores práticas de mercado.
A iniciativa busca subsidiar as políticas habitacionais do banco com informações relacionadas à sustentabilidade dos empreendimentos e incentivar a adoção de métodos sustentáveis pelo mercado. A plataforma disponibiliza uma área aberta para consulta pública da linha de base de carbono de diversos tipos de construção.
O banco também anunciou novos compromissos voltados para o desenvolvimento sustentável, incluindo a expansão das linhas de crédito verde, com prioridade para investimentos que gerem impactos ambientais e sociais positivos. A previsão é de que a carteira de crédito verde da Caixa aumente em 50% até 2030, alcançando um saldo de R$ 1,25 trilhão.
Outro compromisso anunciado é o de promover a igualdade de oportunidades, com o objetivo de aumentar para 36%, no mínimo, a proporção de mulheres em cargos de chefia de unidade (funções gerenciais) até 2030.
A Caixa pretende alcançar o saldo de zero emissões líquidas de carbono até 2050, abrangendo as emissões diretas e indiretas, incluindo as geradas em operações financiadas pelo banco. Nos próximos 25 anos, a instituição planeja implementar um modelo baseado na economia circular, minimizando o envio de resíduos para aterros sanitários e eliminando a incineração de resíduos.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br