O Banco de Brasília (BRB) se manifestou para negar o bloqueio de bens em decorrência da Operação Compliance Zero, deflagrada pela Polícia Federal. Em nota divulgada na noite de terça-feira, a instituição financeira esclareceu que a Justiça Federal confirmou que a decisão que determinou o bloqueio de R$ 12,2 bilhões não abrange as finanças do banco, restringindo-se a pessoas físicas e outras empresas investigadas na operação.
O BRB informou que a 10ª Vara Federal de Brasília retificou uma decisão anterior, excluindo o banco das medidas de constrição patrimonial relacionadas à operação. Segundo o banco, a nova decisão especifica que o bloqueio não se aplica ao BRB como instituição.
A nota do BRB destaca uma citação atribuída à 10ª Vara Federal de Brasília, que diz: “Retifico a decisão (…) para excluir o Banco Regional de Brasília (…) das medidas de constrição patrimonial referentes ao bloqueio do montante total de R$ 12,2 bilhões de suas contas, uma vez que a eventual responsabilidade de seus dirigentes (pessoas físicas) não se confunde com a da pessoa jurídica, a qual figura como instituição financeira”.
O BRB enfatizou que nenhum bem ou valor da instituição foi alvo de bloqueio. As medidas determinadas pela Justiça atingem apenas pessoas físicas investigadas e outras instituições mencionadas nos autos, conforme o banco.
A instituição reiterou seu compromisso com a transparência, a legalidade e o cumprimento das normas do sistema financeiro nacional.
A Justiça decretou o afastamento temporário do presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, e do diretor de Finanças e Controladoria do BRB, Dario Oswaldo Garcia Júnior. O governo do Distrito Federal indicou Celso Eloi de Souza Cavalhero, superintendente da Caixa, para substituir Paulo Henrique Costa na presidência do banco. A nomeação de Cavalhero ainda precisa ser aprovada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br