A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais do governo federal expressou preocupação com o que considera ser um discurso favorável à intervenção dos Estados Unidos no Brasil, alimentado por governadores de partidos de direita. Segundo a ministra, estes políticos estariam promovendo a divisão do país, abrindo espaço para tal intervenção.
A ministra defendeu que os governadores deveriam unir forças com o governo federal para fortalecer a segurança pública, mencionando a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18, a PEC da Segurança Pública, apresentada pelo governo ao Congresso.
Em publicação nas redes sociais, a ministra criticou a postura dos governadores, comparando-os ao deputado federal Eduardo Bolsonaro, atualmente nos Estados Unidos. Ela o acusou de fomentar sanções comerciais e a aplicação da Lei Magnitsky contra o Brasil, alegando que ambos compartilham o desejo de “entregar o país ao estrangeiro”.
A declaração da ministra surge após sete governadores anunciarem a criação do “Consórcio da Paz”, um projeto de integração para troca de informações e apoio financeiro no combate ao crime organizado. Os governadores presentes no encontro elogiaram uma recente operação policial. No entanto, a operação em questão resultou em um alto número de mortos e gerou caos, embora o principal alvo não tenha sido capturado.
A PEC da Segurança Pública, defendida pelo governo federal, tem sido alvo de críticas por parte de alguns governadores, que alegam que a proposta retira a autonomia dos estados sobre suas polícias. A PEC estabelece que a União seja responsável por elaborar a política nacional de segurança pública, com diretrizes de observância obrigatória por parte dos estados. O governo federal, por sua vez, argumenta que a PEC não interfere na autonomia das forças de segurança estaduais e distrital.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br