Brasil: Estudo Revela Potencial Inexplorado em Minerais Críticos Essenciais

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Um estudo recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que o Brasil possui um vasto potencial geológico em minerais críticos, recursos considerados essenciais para setores estratégicos como tecnologia, defesa e transição energética. Estes minerais incluem elementos como lítio, cobalto, níquel e terras raras, cruciais para a produção de baterias de veículos elétricos, turbinas eólicas, painéis solares e semicondutores.

O levantamento destaca que, apesar deste potencial, o Brasil não conseguiu, até o momento, transformar essa riqueza geológica em uma produção econômica robusta, ficando atrás de países como Austrália, China, África do Sul e Chile. O Brasil detém aproximadamente 10% das reservas mundiais desses minerais, segundo dados do Instituto Brasileiro da Mineração (Ibram).

A pesquisa, intitulada “Qual a importância do Brasil na cadeia global de minerais críticos da transição energética? Uma análise sobre reservas, produção, comércio exterior e investimentos”, foi divulgada nesta quinta-feira (4) pelos pesquisadores Rafael da Silveira Soares Leão, Mariano Laio de Oliveira e Danúbia Rodrigues da Cunha. O estudo revela que a participação do Brasil no comércio internacional de minerais críticos nas últimas duas décadas foi limitada, refletindo desafios internos na produção mineral.

Os pesquisadores apontam que a expansão dos investimentos em capital físico e a retomada dos gastos em pesquisa geológica nos últimos anos indicam que o país pode estar se preparando para um ciclo de expansão da produção. Um novo ciclo de investimentos aparentemente em curso pode impulsionar a mineração brasileira a um novo nível de competitividade.

O estudo conclui que é importante manter expectativas realistas sobre o impacto do setor na economia brasileira. A cadeia produtiva da mineração brasileira, entre 2000 e 2019, representou entre 0,75% e 2% do Produto Interno Bruto (PIB), com grande influência do minério de ferro, que responde por mais de dois terços do setor.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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