Especialistas e economistas se reúnem a partir desta segunda-feira no Rio de Janeiro para a 1ª Semana da Economia Brasileira, um evento dedicado a debater os principais avanços da economia nacional nas últimas quatro décadas, desde a redemocratização.
O evento foi inaugurado por Nelson Barbosa, diretor de Planejamento e Relações Institucionais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que enfatizou a importância de se atentar para o progresso a longo prazo.
A programação, que se estenderá até o dia 5, abordará temas cruciais como a crise da dívida externa, a inflação elevada, a estabilização econômica em meio a crises cambiais, o crescimento com distribuição de renda e a estagnação causada por crises internas.
Barbosa ressaltou que a iniciativa é a primeira de muitas que visam recuperar o papel do BNDES no debate sobre a política econômica brasileira. Durante a manhã, discussões relembraram as crises, a recuperação do país e seu foco no crescimento, redução da pobreza, integração no mercado de trabalho e geração de emprego.
O diretor do BNDES destacou que o Brasil conseguiu estabilizar e evoluir, reduzindo a pobreza e criando um sistema de saúde pública universal. Ele também mencionou a importância de uma rede de transferência de renda para combater a pobreza e os perigos de crises, como a pandemia de Covid-19.
Barbosa salientou a necessidade de reflexão e formulação de conceitos para construir consenso institucional em um momento de grandes transformações e desafios, como a desigualdade social, que demanda uma política tributária progressista. Ele reiterou o ideal de Aloizio Mercadante de um desenvolvimento que beneficie a todos os brasileiros.
Além disso, mencionou o avanço nos indicadores sociais e na diversidade, com a abertura de universidades para mulheres. Entre os desafios do século XXI, destacou a importância da ação governamental no enfrentamento da mudança climática, na transição energética e na preservação das florestas.
O desafio demográfico, com o aumento da qualidade de vida e da produtividade, também exige repensar os sistemas de previdência, educação e saúde. Por fim, Barbosa ressaltou a transformação tecnológica crescente no Brasil e a necessidade de gerar empregos de qualidade em um cenário de novas tecnologias e inteligência artificial. Ele concluiu que um debate aberto e transparente sobre a economia pode auxiliar na tomada de decisões.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br