Um médico e três advogados da equipe de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro estiveram na Superintendência da Polícia Federal neste domingo (23). A visita ocorreu horas antes da audiência de custódia virtual do ex-presidente. Os profissionais não se pronunciaram à imprensa.

Bolsonaro foi preso preventivamente no sábado (22), por volta das 6h30, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A justificativa para a prisão preventiva foi a possível tentativa de fuga e violação da tornozeleira eletrônica.

No sábado, após a prisão, o ex-presidente passou por exame de corpo de delito no Instituto Nacional de Criminalística. O exame não apontou queixas e o ex-presidente se encontrava aparentemente em estado normal, acompanhado de um advogado.

Na manhã deste domingo, um grupo de cerca de vinte apoiadores do ex-presidente se reuniu em frente à Superintendência da PF, portando bandeiras do Brasil e cartazes pedindo a soltura de Bolsonaro.

Segundo relatório da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap) encaminhado ao STF, o ex-presidente teria utilizado um ferro de solda na tornozeleira eletrônica, danificando o equipamento. Um vídeo mostra Bolsonaro admitindo o uso do ferro de solda, motivado por “curiosidade”.

A prisão preventiva de Bolsonaro não se refere à execução da pena de 27 anos e três meses imposta a ele por organização criminosa, dano qualificado ao patrimônio da União, deterioração de patrimônio tombado e tentativa de golpe de Estado. Trata-se de uma medida cautelar, justificada pelo risco de fuga.

Bolsonaro está detido em uma sala de 12 metros quadrados, equipada com cama, ar condicionado, banheiro e televisão.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br