O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) injetou R$ 230 bilhões em operações de crédito, diretas e indiretas, entre janeiro e setembro deste ano. O montante representa um aumento expressivo de 39% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) foram as principais beneficiadas, concentrando 67% do valor total, o equivalente a R$ 155,1 bilhões. Desse montante, R$ 91,3 bilhões foram destinados a garantias e R$ 63,7 bilhões a crédito propriamente dito.
O balanço operacional e financeiro divulgado nesta sexta-feira revela que a carteira total de crédito atingiu R$ 616 bilhões, um crescimento de 12% em relação ao terceiro trimestre do ano passado, alcançando o maior valor dos últimos nove anos. Os desembolsos também registraram alta, com um aumento de 17%, totalizando R$ 101,9 bilhões no período de janeiro a setembro.
O setor industrial se destacou, com um aumento de 50% nos repasses, totalizando R$ 27,3 bilhões, superando os R$ 24,9 bilhões destinados ao agronegócio. Segundo a instituição, esse desempenho reflete o foco na recuperação da indústria nacional. Apesar do bom desempenho da indústria, todos os setores apresentaram crescimento nas aprovações e nos desembolsos, com exceção da infraestrutura, que registrou uma queda de 10% nas aprovações.
Em relação aos resultados financeiros, o lucro líquido do banco atingiu R$ 17,2 bilhões, uma queda de 9% em relação ao ano anterior. No entanto, o lucro recorrente registrou um aumento de 14%, alcançando R$ 11,2 bilhões. Os ativos totais do banco continuam em trajetória de crescimento, chegando a R$ 905,8 bilhões em setembro, se aproximando da marca de R$ 1 trilhão.
Um anúncio significativo é aguardado para a próxima semana, prometendo impulsionar ainda mais o balanço anual da instituição.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br