O dólar comercial opera em baixa nesta quarta-feira, refletindo a reação dos investidores aos dados recentes de inflação no Brasil e nos Estados Unidos. No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma queda de 0,11% em agosto, acumulando uma alta de 5,13% nos últimos 12 meses.

Nos Estados Unidos, o índice de preços ao produtor (PPI) surpreendeu ao apresentar uma deflação de 0,1% em agosto, comparado a julho. A análise anual do núcleo do PPI revelou um avanço de 2,6% no mesmo período. Esses resultados ficaram abaixo das projeções de analistas, que esperavam um aumento mensal de 0,3% e anual de 3,3%.

Às 12h02, o dólar à vista apresentava uma queda de 0,56%, cotado a R$ 5,406 para venda. No mercado futuro, o dólar para outubro recuava 0,19%, atingindo R$ 5,451.

A sessão também foi marcada pela retomada do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros réus no Supremo Tribunal Federal (STF), acusados de tentativa de golpe de Estado. A Primeira Turma do STF analisou os votos já proferidos pelo relator Alexandre de Moraes e pelo ministro Flávio Dino, ambos favoráveis à condenação.

Por volta das 10h40, a queda da divisa se intensificou em meio ao discurso do ministro Luiz Fux, durante o julgamento. Fux votou pela improcedência da acusação de organização criminosa contra o ex-presidente e os demais réus, argumentando que as condutas descritas configuram apenas concurso de agentes, sem a estabilidade e hierarquia necessárias para caracterizar uma organização criminosa.

No cenário internacional, o Senado norte-americano se prepara para votar a indicação de Stephen Miran para a presidência do Federal Reserve, em um contexto de tensões políticas e debates sobre a independência do banco central.