Após um longo período de altas consecutivas, a chamada inflação do aluguel apresentou um resultado negativo, marcando -0,11% no acumulado de 12 meses, entre dezembro de 2024 e novembro de 2025. Este é o primeiro recuo desde maio de 2024.

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), amplamente utilizado para reajustar os contratos de aluguel, tanto comerciais quanto residenciais, teve seu comportamento analisado de perto por inquilinos e proprietários.

Em maio de 2024, o acumulado do IGP-M era de -0,34%. Desde então, o índice apresentou taxas positivas, alcançando o pico de 8,58% em março de 2025.

O cálculo do IGP-M leva em consideração três componentes principais, com pesos diferentes: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), responsável por 60% do índice total e que mede a inflação sentida pelos produtores; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30%; e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).

A deflação acumulada é atribuída, principalmente, aos preços no atacado, que apresentaram um recuo de 2,06%. Segundo um economista, durante boa parte de 2025, foram observadas quedas expressivas nos preços de produtos industriais e agropecuários. Em contrapartida, o IPC avançou 3,95% e o INCC, 6,41%.

No mês de novembro, o IGP-M registrou uma alta de 0,27%, revertendo a queda observada em outubro (-0,36%). Apesar da alta mensal, o acumulado em 12 meses passou de inflação para deflação, devido à exclusão do dado de novembro de 2024, quando a inflação do aluguel havia subido 1,30%.

É importante ressaltar que um IGP-M negativo não garante a redução dos aluguéis. Alguns contratos incluem a cláusula de reajuste “conforme variação positiva do IGP-M”, o que significa que só haverá reajuste se o índice for positivo.

O IGP-M também é utilizado para reajustar algumas tarifas públicas e serviços essenciais. A coleta de preços para o cálculo do IGP-M é realizada em diversas capitais brasileiras, abrangendo o período de 21 de outubro a 20 de novembro.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br