Presença de Facções Criminosas Dispara na Amazônia, Atingindo 45% dos Municípios

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A influência de facções criminosas se expande na Amazônia Legal, alcançando 45% dos municípios da região. Um estudo recente aponta que, das 772 cidades que compõem a Amazônia Legal, 344 estão sob a influência de organizações criminosas, um aumento de 32% em relação a 2024.

O Comando Vermelho (CV) impõe regras e taxas a trabalhadores de garimpos ilegais em Alta Floresta, Mato Grosso, exigindo cadastro e pagamentos mensais sob pena de roubo, destruição de equipamentos e morte. A facção prioriza atividades ilegais dentro do estado, com datas de pagamento fixadas entre os dias 1º e 8 de cada mês, variando conforme o equipamento utilizado.

O estudo revela a presença de 17 facções criminosas ativas na Amazônia, incluindo grupos regionais e organizações estrangeiras. CV e PCC são os mais influentes, controlando rotas fluviais e aéreas para o tráfico de drogas, além de disputarem territórios e operarem em garimpos.

A violência também é crescente. Em 2024, foram registradas 8.047 mortes violentas intencionais na Amazônia Legal, com uma taxa de 27,3 assassinatos por 100 mil habitantes, superando a média nacional. O Amapá lidera como o estado mais violento, enquanto o Maranhão apresentou aumento nas taxas de homicídio, impulsionado pela disputa entre facções.

A situação é particularmente grave em Vila Bela da Santíssima Trindade, no Mato Grosso, onde o avanço do CV está ligado ao aumento de assassinatos. Em Sorriso, também no Mato Grosso, os índices de violência são alarmantes, incluindo altos registros de estupro de vulnerável.

Em 2024, 586 mulheres foram assassinadas na Amazônia Legal, com o Mato Grosso registrando a maior taxa de feminicídio. O Maranhão também apresentou aumento nos homicídios femininos. A necessidade de políticas de acolhimento e enfrentamento à violência adaptadas às realidades locais é urgente.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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