Os Estados Unidos anunciaram a remoção de tarifas sobre determinados alimentos e outras importações provenientes da Argentina, Equador, Guatemala e El Salvador. A medida está atrelada a acordos-quadro que visam ampliar o acesso de empresas americanas aos mercados desses países.
Espera-se que a iniciativa contribua para a redução dos preços de produtos como café e bananas, entre outros alimentos. Uma alta autoridade do governo declarou à imprensa que varejistas americanos devem repassar os benefícios aos consumidores.
A previsão é que os acordos-quadro com a maioria dos quatro países sejam finalizados nas próximas duas semanas, com a possibilidade de acordos adicionais serem firmados até o final do ano.
O Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, havia adiantado a intenção de anúncios “substanciais” que impactariam a redução de preços de café, bananas e outras frutas, como parte de um esforço do governo para diminuir o custo de vida dos cidadãos americanos.
O governo tem demonstrado foco na questão da acessibilidade econômica, especialmente após resultados desfavoráveis nas eleições da semana anterior.
Autoridades americanas mantêm negociações “bastante construtivas” com outros países da América Central e do Sul, com potencial para a conclusão de novos acordos comerciais ainda este ano. As conversas com a Suíça e Taiwan também foram consideradas positivas.
Os acordos anunciados mantêm tarifas de 10% sobre a maioria dos produtos de El Salvador, Guatemala e Argentina, países com os quais os EUA possuem um superávit comercial modesto, e de 15% para importações do Equador, onde há um déficit comercial. No entanto, tarifas americanas serão removidas de itens que não são cultivados, extraídos ou produzidos em território americano, como bananas e café do Equador.
Os acordos incluem compromissos de não taxar serviços digitais de empresas americanas, além da remoção de tarifas sobre produtos agrícolas e industriais dos EUA.
O Ministro das Relações Exteriores da Argentina, Pablo Quirno, expressou que a estrutura do acordo “criaria as condições” para impulsionar investimentos americanos no país, e agradeceu o presidente Javier Milei pela sua “convicção” em relação ao acordo.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br