A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) teve início nesta segunda-feira em Belém, com uma extensa agenda de ações visando impactar positivamente a vida das pessoas. As discussões, que se estenderão até o dia 21, originalmente planejadas em torno de 100 itens, agora abrangem 111 temas prioritários a serem negociados entre os 194 países participantes e a União Europeia.
No domingo, as negociações para finalização da Agenda de Ações se prolongaram até o final da noite, com impasses em oito solicitações de inclusão de temas como financiamento de países desenvolvidos para países em desenvolvimento, comércio internacional, revisão das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), avaliação do Relatório Bienal de Transparência (BRT), condições especiais para transição climática em países africanos, saúde e clima, mudanças climáticas em áreas de montanhas e implementação do Balanço Global (GST) em áreas de florestas.
Para destravar as negociações, o tema “Implementação do GST em áreas de florestas” foi temporariamente retirado da pauta. O tema “Saúde e clima” foi incorporado ao item sobre adaptação. Os temas “Condições especiais para transição climática em países africanos” e “Mudanças climáticas em áreas de montanhas” serão analisados individualmente pela presidência da COP30, juntamente com os demais temas. Uma plenária na quarta-feira informará as decisões.
O presidente da COP30 expressou agradecimento às delegações pelo acordo alcançado, ressaltando a importância do trabalho intenso e da explicação ao mundo sobre a relevância de recursos adicionais.
As discussões da COP30 foram organizadas em blocos temáticos:
10 e 11 de novembro: Adaptação, cidades, infraestrutura, água, resíduos, governos locais, bioeconomia, economia circular, ciência, tecnologia e inteligência artificial.
12 e 13 de novembro: Saúde, emprego, educação, cultura, justiça e direitos humanos, integridade da informação e trabalhadores. Realização do Balanço Ético Global.
14 e 15 de novembro: Transformação dos sistemas de energia, indústria, transporte, comércio, finanças, mercados de carbono e gases não-CO₂.
17 e 18 de novembro: Gestão ambiental e comunitária, com foco em florestas, oceanos e biodiversidade, povos indígenas, comunidades locais e tradicionais, crianças e jovens, e pequenos e médios empreendedores.
19 e 20 de novembro: Raízes da alimentação, da agricultura e da equidade, abrangendo agricultura, sistemas alimentares e segurança alimentar, pesca e agricultura familiar. Ênfase em debates sobre mulheres, gênero, afrodescendentes e turismo.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br